Mesa 1, Luciano 0-1 Pedro Henrique, Índia do Rei (E65)
Uma tranqüila Índia do Rei (com posições bem semelhantes à Siciliana Dragão) e uma grande troca de peças conduziram os adversários a um rápido final. A partida tinha precedentes teóricos até o lance 18, quando Pedro jogou 18... Nh5?! Luciano tirou vantagem da superioridade resultante do Bispo contra o Cavalo e, lances depois, ganhou um peão. Porém, seu apuro de tempo o impediu de concluir a partida e Pedro venceu pelo tempo, numa posição possivelmente empatada.
Mesa 2, Jonathan Ayres 0-1 Alvarenga, Contra-gambito Albin (D08)
Possivelmente a abertura de Alvarenga surpreendeu Jonathan, que gastou bastante tempo para jogar os primeiros lances. A partida, com variações de lances, chegou a uma posição conhecida até o lance 8. Jonathan seguiu com uma novidade bem duvidosa (9 Qb3?!), mas, estranhamente, Alvarenga devolveu o favor com 9 ... Na5?? Aí Ayres omitiu o ganhador 10 Qb5! (o Cavalo de a5 ficará sem casa) e retornou a d1, já em posição inferior. Fiel ao seu estilo, Alvarenga seguiu lentamente e Jonathan equilibrou as ações mais tarde. Ironicamente, quando as brancas ganharam uma qualidade, suas dificuldades foram aumentando, devido a força do Bispo negro na diagonal central. Talvez o branco tivesse melhor destino se tentasse um rápido ataque de peões na ala do Rei, mas a passividade com que Ayres conduziu o jogo, já em grande apuro no relógio, rendeu a Alvarenga uma boa vitória no ping, apesar de algumas imprecisões para arrematar o jogo.
Mesa 3, Flávio Fernandes 1/2-1/2 José Canavezi, Inglesa (A30)
Assumidamente despreparado para as aberturas, José Canavezi literalmente copiou os primeiros lances de seu adversário, até a jogada 9, quando decidiu-se por 9 ... Ne4?! Também eram possíveis 9 ... d5! e mesmo 9 ... e6!? As pretas parecem ter uma pequena iniciativa e conseguem dobrar peões brancos na coluna-c, porém o meio-jogo provou que as brancas conduzem bem apesar disso, e Flávio saiu com um peão de vantagem. A partida parecia decidida no final de Dama e Torre, mas Flávio complicou tudo e entrou num final empatado de Torre. Como está comum no TCT3, foi a vez de Canavezi capivarar no final, devolvendo o presente e ficando perdido. Com 59 Qf6+! as pretas ganham a Dama contrária (a 59 ... Ke4 (único) segue 60 Qc6++-). Mas, abalado psicologicamente por perder sua grande vantagem, Flávio omitiu a continuação vencedora e a partida terminou em empate, alguns lances depois.
Mesa 4, Glaucio 0-1 Tiago, Siciliana (B81)
Cafalchio havia feito uma longa preparação para enfrentar a ´ex-variante da moda´ na Siciliana (B81 - ataque Inglês/Keres); Tiago optou por um lance mais "tranqüilo" (7 ... h6), e o branco jogou o bem incomum 8 g5?!, permitindo a abertura da coluna-h para as negras. O jogo seguiu interessante e as pretas parecem não ter tido problemas para igualar. Embora cause um efeito otimista, 15 Na5?! não pareceu a melhor jogada, pois permitia às pretas seguir com 15 ... Bxe4!? 16 Nxe4 Nxe4 17 Bxe4 d5!, seguido de 18 ... Bb4+!, com vantagem. Na partida, Tiago preferiu continuar com 15 ... b4!? e encarar todas as complicações resultantes dessa linha. Parece que o momento crítico foi quando o branco jogou 17 b3? (17 0-0-0! deixaria as brancas com bom jogo). A partir de então, as pretas souberam fazer valer sua iniciativa e sua melhor atividade de peças, vencendo com um bonito ataque.
Mesa 5, Gieds 1-0 Juliane, Giuoco Pianno (C54)
No primeiro confronto entre os jogadores de Pinda, Juliane não conseguiu resistir ao forte ataque engendrado por Gieds. Logo na abertura, as pretas teriam melhor sorte com 6 ... d5, mas após 6 ... Ng4? era nítido que as coisas não terminariam bem.
Mesa 6, Ralfus 1-0 Hendrik (w.o.)
Mesa 7, Fiuza 1-0 Victor, Escocesa (C44)
As pretas pareciam estar indo bem, ao trocar rápido uma série de peças, quando jogaram o inexplicável 10... Be7??, pendurando uma qualidade. O que seguiu não necessita comentar.
Mesa 8, Leandro 1-0 José Menino, Gambito do Rei (C30)
Após um gabito do Rei recusado, José Menino não conseguiu desenvolver bem suas peças e perdeu rápido, sem oferecer grandes dificuldades para Leando Damião.
Mesa 9, Alexsander 0-1 Fernando (w.o.)
Mesa 10, Vanessa 1-0 Luiz F. Ferreira (w.o.)
Mesa 11, Túlio 0-1 Edson Gabriel, Escandinava (B00)
As brancas não souberam jogar a abertura e logo nos primeiros lances penduraram uma peça. O resto nem constava na planilha.
Mesa 12, Mateus 1-0 Flávio Canavezi, Ataque Torre (D03)
Flávio e Mateus jogaram um Ataque Torre com algumas variações e Mateus obteve boa posição logo na abertura. No lance 12, as brancas deviam ganhar mais rápido com 12 Nxc6! e, só então, retirar o Bispo de h4. No lance seguinte, também era possível seguir com um forte ataque, via 13 Nxg5! (com idéia de Qxh5, etc.). As brancas optaram por outro caminho, mas, de qualquer forma, Mateus conseguiu provar sua superioridade e venceu o jogo mais tarde.
Mesa 13, Rauanda 0-1 Cristian, Sistema Colle, (D02)
Rauanda tentou jogar um esquema bem defensivo, mas atrapalhou-se com o acúmulo de peças e pendurou a Dama em 15 lances.
Mesa 14, Jonathas Marcelo 1-0 Pedro Guedes, Giuoco Piannisimo (C50)
Pouco a dizer: as brancas venceram rápido quando as pretas se atrapalharam com as trocas e perderam uma peça.
Mesa 15, Alexandre Horiuchi 1-0 Erick, Semi-eslava (D45)
As pretas erraram na abertura e as perdidas de tempo (7... Qc7?! e 8 ... Qa5??) custaram à partida. As brancas ganhariam rápido com 11 Nxe7+ Qxe7 12 Bb4!, mas Alexandre optou por outra continuação. A tentativa de ataque seguinte foi um erro (12 Ne5?), mas as pretas também não encontraram a melhor continuação: 12 ... Bxe5 13 Qh5 f5! 14 dxe5 Qxd3 15 Bb4, com igualdade. Erick precipitou ao jogar Bxh2+ e tudo ficou perdido.
Mesa 16 Pedro Paulo 1-0 Gregório Riemma, Dois Cavalos (C56)
Tudo parecia encaminhar-se para um empate, quando as pretas entregaram a coluna-e e ficaram perdidas em decorrência disso.
